Hoje estou cansada, completamente desfigurada de tanto cansaço...
Mas estou feliz :)
A Sóninha escreveu :)
Escreve mais vezes, fiquei radiante, quase como o sol, mas ofusquei-o um bocadinho
Vou-vos contar um segredo, não é bem um segredo porque senão não o publicava num blog, mas cada vez menos sinto aquela dor de perda, aquela sensação de que não estou bem onde estou, aquela ansiedade de querer estar em Coimbra... É estranho, mas é a verdade, deixei de sentir tanto.
Dia 13 de Julho faz 1 ano que "deixei Coimbra", fiz as malas, carreguei o carro e vim o caminho TODO a chorar ao som de Mariza.
"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"
Quando cheguei a casa tinha um aspecto horrível...
Refugiei-me no meu quarto...
Tinha um jantar com amigos, uma churrascada, mas não quis ir, aliás, não fui, mas eles foram buscar-me a casa!!!
Todo o tempo que lá estive mal falei, mal olhei para as pessoas, mal consegui pensar na conversa que estavam a ter e deixar de pensar em "Coimbra"
Depois fomos a uma associação lá da Palhaça porque disseram que havia festa, quando lá cheguei estavam os Polk a actuar... As lágrimas estavam quase quase a sair dos meus olhos, mas eu conseguia controlá-las....
Assim que me viram agradeceram a presença do pessoal de Coimbra (eles sempre acharam que eu era de Coimbra!!!) novamente as lágrimas vieram-me aos olhos, mas fui forte.
Mas houve uma altura em que o vocalista diz: "Dedico esta música à Carla, que saiu hoje de Coimbra, deixou a vida académica para ingressar na vida dos trabalhadores, deixou uma das cidades que mais a marcaram na vida"
E cantaram...
"Sei de alguém
Por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar
Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo para te falar
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Podes crer
Que à noite o sono é ligeiro
Fico á espera o dia inteiro
Para poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o á vontade
Acabo por me calar
Falta-me jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
E ás vezes até me engasgo
Nada a fazer
É por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti"
Aí foi impossível, as lágrimas saltaram dos meus olhos sem que eu deixasse e aquela musica ficou no meu ouvido para o resto da minha vida.
Como sabem andei tempos sem fim a sofrer literalmente, mas agora... agora não
Recordo a cidade, as pessoas, a vida com saudade, mas já não dói tanto assim.
Ás vezes tenho medo de me começar a esquecer.
Mas também é verdade que outras vezes dói muito, como se nunca tivesse doido antes.
AMIGAS obrigada por estarem sempre presentes
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